terça-feira, 11 de janeiro de 2011

11.1.11


[este conto é dedicado ao dia de hoje, um palíndromo perfeito]


hoje todos estávavamos trancados no quarto.
nossa comunicação fazíamos por gestos, escritas.
fingíamos mudos, surdos, cegos.
hoje morreríamos.
uns assassinados, outros de desespero, alguns nem perceberiam.
hoje regozijaríamos nossas dores.
festas, flores, lágrimas.
um manto de não-sorte.
um vasto de não-gozo.
eu, você, aquele ali; o outro, também.
é Jorge o nome dele?
ou Flávio?
e do outro?

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