II [poema de Hilda Hilst, in VIA ESPESSA]
Se te pertenço, separo-me de mim.
Perco meu passo nos caminhos de terra
E de Dionísio sigo a carne, a ebriedade.
Se te pertenço perco a luz e o nome
E a nitidez do olhar de todos os começos:
O que me parece um desenho no eterno
Se te pertenço é um acorde ilusório no silêncio.
E por isoo, por perder o mundo.
Separo-me de mim. Pelo Absurdo.
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